O 11ºJuizado Especial Cível do Tribunal de Justiça do Paraná (Tjpr) condenou, na semana passada, uma mulher que perseguiu o deputado estadual e líder da oposição ao governador Ratinho Júnior (PSD), Requião Filho (PT). Desde 2021, o político que é filho do ex-governador Roberto Requião (Mobiliza) passou a ser alvo de mensagens nas redes sociais publicadas por perfis falsos que foram criados pela stalker.
Segundo decisão, a stalker foi condenada a pagar R$ 3 mil em indenização e está proibida de fazer novas postagens que citem Requião Filho, sob a pena de multa de R$ 500 por publicação.
— Eram acusações grotescas, infundadas, que levavam meu nome e marcando assessores, parentes, seguidores e amigos que interagiam comigo. Foi assustador, no princípio, pois nossa equipe precisou demandar um trabalho desgastante, denunciando as contas falsas, diariamente, mas na sequência apareciam mais e mais — diz Requião Filho.
Depois de alguns meses sofrendo com a perseguição virtual, as mensagens começaram a sair de controle e foi preciso levar o caso à polícia, quando conseguiu uma medida protetiva.
— Entramos com o processo, na época, e foi difícil até para a polícia rastrear o endereço e o nome verdadeiro da assediadora. Ela foi condenada em danos morais e proibida de realizar novas postagens, sob pena de multa.
O deputado compara o que aconteceu com ele à série Bebe Rena, da Netflix. A trama foi baseada na vida do próprio roteirista, Richard Gadd, que sofreu perseguição de uma mulher quando tinha vinte anos.
Assim como Requião Filho, outras pessoas públicas já relataram experiências similares. Recentemente, a atriz Débora Falabella revelou que foi perseguida por uma fã por mais de uma década.