A Justiça do Paraná decidiu nesta quinta-feira (13) que o júri popular do ex-policial penal Jorge Guaranho, acusado de matar o tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, acontecerá em Curitiba e não em Foz do Iguaçu, onde aconteceu o crime. A decisão atende a um pedido da defesa do réu e cabe recurso.
A definição do desaforamento é da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) e ocorreu de forma unânime. Réu por homicídio duplamente qualificado, o ex-policial penal está preso no Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.
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Para os desembargadores, Curitiba tem melhores estruturas para garantir a execução do júri e impedirá que os jurados sejam parciais, uma vez que o julgamento aconteceria na cidade onde o crime foi cometido.
O tesoureiro do PT Marcelo Arruda e o ex-policial penal Jorge Guaranho – Foto: Reprodução
Em nota, a defesa de Guaranho afirmou que a decisão “é fundamental para assegurar um júri equilibrado e imparcial”, a qual “visa prevenir quaisquer influências externas que possam comprometer a equidade do julgamento”.
Já a defesa da família de Marcelo Arruda disse esperar que o julgamento ocorra o quanto antes. “Esperamos que isso ocorra o mais breve possível porque é necessário fazer justiça à vítima e aos seus familiares”, disse Daniel Godoy. O advogado disse que a possibilidade de recorrer da decisão está sendo avaliada.
Em abril, o júri popular do ex-policial penal Jorge Guaranho, acusado de assassinar a tiros o tesoureiro do PT Marcelo Arruda, foi suspenso após a defesa do réu abandonar o plenário em Foz do Iguaçu. Os advogados alegaram o “cerceamento da defesa” e solicitaram o adiamento do júri.
O Ministério Público do Paraná (MPPR) sustenta que o assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, em sua própria festa de 50 anos, em 2022, aconteceu por motivação política. O crime ocorreu meses antes das eleições presidenciais, e Jorge Guaranho apoiava o então candidato à reeleição Jair Bolsonaro.
Segundo os relatos à polícia na época, o ex-policial penal passou de carro em frente ao salão de festas dizendo “Aqui é Bolsonaro” e “Lula ladrão”, além de proferir xingamentos. Laudo técnico aponta ainda que Guaranho gritou “petistas vão morrer” ao atirar contra o tesoureiro.
O documento baseado em um laudo de leitura labial e imagens de câmeras de segurança aponta que Jorge Guaranho também gritou frases como: “Aqui é Bolsonaro, Bolsonaro, porra! Petralha!” e “Pra baixo, pra baixo, pra baixo”. Para os advogados que representam a família de Marcelo Arruda, o laudo confirma motivação política por trás da morte dele.
A defesa do ex-policial, por outra lado, nega motivação política na morte do petista e argumenta que o crime ocorreu por uma “discussão de [nível] quinta série“.
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