O advogado Claudio Dalledone Junior deixou de representar a defesa do empresário Edison Brittes Junior, acusado de matar o jogador Daniel na região metropolitana de Curitiba em outubro de 2018.
Segundo o comunicado feito à juíza Luciani Martins de Paula, da 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais, a decisão foi tomada por “foro íntimo”.
“Quando a defesa técnica se choca com a autodefesa, a obrigação do advogado é renunciar à causa, conforme preza o código de ética da OAB. Portanto, nesta quarta-feira, Cláudio Dalledone juntou ao processo a carta de renúncia", diz nota do escritório de Dalledone.
Contudo, Claudio Dalledone ressaltou que segue na defesa de Cristiana e Allana Brittes, esposa e filha de Edison. As duas também são acusadas de participação na morte de Daniel, mas aguardam o julgamento em liberdade.
"Também nesta quarta-feira, Dalledone requereu ao STJ a baixa dos autos contra Cristiana pugnando pela célere realização do julgamento popular na comarca de São José dos Pinhais".
Por decisão do TJ-PR (Tribunal de Justiça do Paraná), Cristiana Brittes será julgada em júri popular.
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RELEMBRE A MORTE DO JOGADOR DANIEL
Revelado pelo Cruzeiro e com passagens por Coritiba, São Paulo, Ponte Preta, Botafogo e São Bento, Daniel veio para Curitiba comemorar o aniversário de 18 anos de Allana Brittes, no dia 26 de outubro, em uma casa noturna, no bairro Batel.
A comemoração, que se estendeu na casa dos pais da jovem, Cristiana e Edison Brittes, terminou na morte do jogador. Na casa, ele foi espancado e depois conduzido no porta-malas do carro de Edison até a Colônia Mergulhão, em São José dos Pinhais, onde foi morto.
O corpo do jogador foi encontrado em uma área de mata, na Região Metropolitana de Curitiba, no sábado (27), por moradores da região. Ele estava nu, com diversos cortes, dois deles profundos na região do pescoço, e com o pênis decepado.
Edison contou para à polícia que Daniel estava no quarto tentando estuprar Cristiana. O delegado responsável pelo caso, Amadeu Trevizan, declarou que a família Brittes mentiu nos depoimentos e que teriam formulado uma história.
Seis pessoas respondem pelo homicídio - veja a lista e quais os crimes:
Edison Brittes: homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menor e coação;
Cristiana Brittes: fraude processual, corrupção de menor e coação;
Allana Brittes: fraude processual, corrupção de menor e coação;
Eduardo Henrique Ribeiro da Silva: homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menor;
David William Vollero Silva: homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual;
Ygor King: homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual;
Apenas Edison Brittes e Eduardo Henrique Ribeiro da Silva estão presos.
Caso Daniel: Dalledone deixa de defender Edison Brittes, acusado de matar jogador
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