A Justiça converteu a prisão em flagrante para preventiva de Diego Aparecido Soares dos Santos, 31 anos, que espancou com socos e chutes a ex-namorada em um posto de combustíveis em Londrina, norte do Paraná. Segundo a Polícia Militar, as agressões aconteceram na tarde de quinta-feira (2).
A decisão saiu após audiência de custódia, realizada na tarde desta sexta (3). Ele pode responder por tentativa de feminicídio.
O g1 tenta contato com a defesa dele.
O juiz Katsujo Nakadomari descreveu no termo de audiência os argumentos para manter o homem preso.
"Pelas circunstâncias em que o crime ocorreu, entendo que nem mesmo a monitoração eletrônica – notadamente a mais gravosa das medidas cautelares diversas da prisão - não seriam suficientes para evitar nova delinquência. Todas elas, por ora, são inadequadas ao caso, já que em liberdade, ainda que parcialmente restringida, encontraria os mesmos estímulos que inicialmente o levaram à prática do crime, ressaltando-se que a sensação de impunidade igualmente pode encorajar um novo delito."
"Pelas circunstâncias em que o crime ocorreu, entendo que nem mesmo a monitoração eletrônica – notadamente a mais gravosa das medidas cautelares diversas da prisão - não seriam suficientes para evitar nova delinquência. Todas elas, por ora, são inadequadas ao caso, já que em liberdade, ainda que parcialmente restringida, encontraria os mesmos estímulos que inicialmente o levaram à prática do crime, ressaltando-se que a sensação de impunidade igualmente pode encorajar um novo delito."
Negou as agressões
Durante a audiência de custódia, Diego negou ter espancado a ex-namorada. Veja no vídeo acima.
A defesa dele pediu a liberdade provisória com a aplicação de medidas cautelares, como a tornozeleira eletrônica, o que foi negado pelo juiz.
Ameaçada de morte
No Boletim de Ocorrência (B.O.) da PM, a vítima, de 25 anos, disse que namorou Diego por quatro meses, mas que o relacionamento terminou recentemente "porque ele tinha um comportamento agressivo".
A jovem afirmou aos policiais "que vinha sendo ameaçada de morte porque ele não aceitava o fim do relacionamento".
De acordo com a PM, o posto de combustíveis onde as agressões ocorreram fica ao lado do local de trabalho da vítima.
Diego Aparecido Soares está detido no Centro de Triagem de Londrina.
Como pedir uma medida protetiva
Onde pedir?
Na delegacia, no Ministério Público ou na Defensoria Pública.
Preciso de advogado?
Não é preciso estar acompanhada de advogado para pedir uma medida protetiva. Porém, o pedido pode ser feito por advogado ou defensor público que represente a vítima.
Só o juiz pode conceder uma medida protetiva?
Não. De acordo com o TJ-PR, a medida protetiva de urgência também pode ser concedida por autoridade policial - escrivão, delegado, agente de polícia e Polícia Militar, quando houver risco atual ou iminente à vida ou à integridade física da mulher em situação de violência.
E se mesmo com a medida a violência continuar?
A mulher deve acionar a polícia pelo 190 ou ir até a delegacia caso a violência continue ou o autor descumpra a medida protetiva. Descumprir ordem judicial que determinou medidas protetivas de urgência é crime, com pena prevista de três meses a dois anos de prisão.
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