A Justiça de Londrina, no norte do Paraná, decidiu mandar a júri popular Saulo de Tarso Santos Júnior, de 40 anos, suspeito de atirar contra a ex-namorada, o atual namorado dela e depois se envolver em um confronto com policiais militares.
A decisão de segunda-feira (3) é do juiz da 1ª Vara Criminal, Paulo César Roldão. O advogado de defesa Alexandre Aquino afirmou que ainda vai conversar com seu cliente para decidir se vai recorrer ou não ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).
A decisão foi correta. O juiz não permitiu nem que ele recorresse em liberdade , explicou o advogado Eduardo Mileo, que defende os policiais militares no processo.
Segundo a decisão, que o g1 teve acesso, Saulo será julgado por oito tentativas de homicídio, duas contra o casal e seis contra os policiais militares que foram chamados para atender a ocorrência, registrada no Jardim Interlagos, zona leste de Londrina.
Ainda não há data para o julgamento. Os crimes aconteceram no dia 18 de fevereiro deste ano, conforme a PM.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, o réu atirou três vezes no companheiro da ex-namorada, mas errou a pontaria.
Na sequência, ele atirou na ex, que ficou ferida, mas sobreviveu após ser atendida por socorristas do Siate.
Conforme o MP, Saulo teria tentado matar o casal porque não aceitava o relacionamento dos dois, motivado pelo exarcebado sentimento de posse .
Os disparos foram flagrados por câmeras de segurança de residências do bairro. Veja como foi abaixo.
Os vídeos mostram Saulo dando chutes na mulher, pegando a criança e fugindo de carro.
Na época, a polícia informou que o suspeito foi até a casa da ex levar alguns presentes para o filho deles, com seis meses de idade na ocasião.
Na denúncia, o Ministério Público citou que Saulo também descumpriu uma medida protetiva que a ex-namorada tinha contra ele.
De acordo com a Polícia Militar, o suspeito retornou para o bairro e se deparou com uma equipe policial, momento que teria acontecido o confronto.
O suspeito foi baleado e levado em estado grave para o hospital, mas se recuperou dos ferimentos, segundo a polícia. Após ser liberado, ele foi encaminhado para a prisão, onde permanece até hoje.
Na decisão que levou o caso para júri popular, o juiz Roldão manteve a prisão preventiva do réu. Conforme o magistrado, o suspeito também vai responder por porte ilegal de arma de fogo.
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Suspeito de atirar em ex-namorada e se envolver em confronto com a PM vai a júri popular, decide Justiça
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