A ministra Rosa Weber convocou uma equipe de juízas e juízes para auxiliar sua presidência no Conselho Nacional de Justiça. Ao assumir a presidência do Supremo Tribunal Federal, a ministra também passou a chefiar o CNJ.
Segundo o jornalista Frederico Vasconcelos, da Folha de S.Paulo, Weber escolheu os magistrados com base na diversidade: são juízes de ambos os gêneros, de diferentes regiões e culturas, com expertise comprovada.
O secretário-geral do CNJ, principal auxiliar da ministra, será Gabriel da Silveira Matos, do TJ-MT. Ele é quem será responsável por preparar a pauta dos julgamentos. Matos já foi juiz auxiliar do ministro do Superior Tribunal de Justiça Francisco Falcão, quando ele era corregedor. Também foi juiz auxiliar no gabinete de Maria Thereza de Assis Moura no Tribunal Superior Eleitoral e também quando ela foi corregedora. Além disso, era juiz instrutor no gabinete de Rosa Weber no STF.
Compõem a equipe cinco juízes trabalhistas, o ramo no qual a ministra atuava até ser indicada ao Supremo: Ricardo Fioreze, que vai coordenar a Secretaria Especial de Programas, Pesquisas e Gestão Estratégica; Tiago Mallmann Sulzbach; e Carmen Izabel Centena Gonzalez, todos do TRT-4 (do Rio Grande do Sul, estado de origem da ministra). Além deles, Dorotheo Barbosa Neto vem do TRT-14, de Rondônia, e Jonatas dos Santos Andrade, do TRT-8, com sede em Belém.
Do TRF-6, tribunal da Justiça Federal recém-instalado em Minas Gerais, virá Dayse Starling Motta, que também já atuou na Bahia e no Amapá.
Do TRF-1, o maior regional do país, Weber convocou Lívia Cristina Marques Peres, que, assim como Dayse Motta, já foi juíza auxiliar da presidência nos mandatos de Dias Toffoli e Luiz Fux; Jão Moreira Pessoa de Azambuja, que é juiz auxiliar da presidência do CNJ desde 2020; e Rafael Leite Paulo, que desenvolveu o projeto Conciliar é Legal, além de também já ser auxiliar da presidência.
Do TRF-2 (Rio de Janeiro), vai integrar a equipe de Rosa Weber Osair Victor de Oliveira Junior, secretário de Auditoria do CNJ. Do TRF-3, João Felipe Menezes Lopes, que já era juiz auxiliar e juiz instrutor no gabinete de Rosa Weber no STF.
Ana Lúcia Andrade de Aguiar, que já auxiliou a presidência do TSE no gabinete de Gilmar Mendes, do STJ no de João Otávio de Noronha, e do CNJ no de Fux, continuará deslocada do TRF-4 para compor a equipe de Rosa Weber. Completa a lista dos regionais Adriana Franco Mello Machado, que também já foi juíza auxiliar da presidência do STJ e vem da 5ª Região (que engloba seis estados do Nordeste do país).
Rosa também convocou uma mulher negra de seu estado de origem, vinda do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul: Karen Luise Vilanova Batista de Souza Pinheiro, que é formadora na Enfam em questões raciais. Do TJ-MT virão Amini Haddad Campos, que implantou a Vara de Violência Doméstica em Cuiabá e João Thiago de França Guerra, que participou da implantação do PJe.
Fabiane Pieruccini vem do TJ-PR, onde foi juíza auxiliar e coordenou a implementação das audiências de custódia. Adriano da Silva Araújo, que já é juiz auxiliar da presidência do CNJ e atua no Departamento de Tecnologia da Informação, vem do TJ-RN. Do TJ de Sergipe, Edinaldo Cesar Santos Junior é professor de Direitos Humanos e Questões Raciais na Enfam.
Por fim, do TJ-SP, Rosa Weber convocou Luis Geraldo Sant'Ana Lanfredi, que já foi juiz auxiliar da presidência do CNJ e coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário.