A candidatura de Renato Freitas (PT) a deputado estadual foi indeferida na quarta-feira (14) pelo TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná). A decisão foi atendida por unanimidade e acompanha o relatório da desembargadora Flávia da Costa Viana.
Freitas teve o mandato de vereador de Curitiba cassado por quebra de decoro parlamentar ao ocupar um templo religioso. Por isso, ele perdeu os direitos políticos e é considerado inelegível até o final da atual legislatura municipal, em 2024.
O nome do petista ainda aparece no horário eleitoral no rádio e na televisão, mas o indeferimento já consta na plataforma DivulgaCandContas, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), com o status de candidatura “indeferido com recurso”.
Renato Freitas ainda pode recorrer e deve levar o caso para o STF (Supremo Tribunal Federal).
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CASSAÇÃO DE RENATO FREITAS NA CÂMARA DE CURITIBA
Renato Freitas (PT) teve o mandato de vereador cassado duas vezes pela Câmara Municipal de Curitiba (CMC) por quebra de decoro parlamentar ao ocupar um templo religioso.
A perda do mandato foi aprovada pela primeira vez em junho deste ano, porém a votação foi suspensa após decisão da desembargadora Maria Aparecida Blanco de Lima, da 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).
O processo voltou a tramitar na CMC e uma nova votação foi agendada para agosto, quando a cassação foi novamente aprovada pela maioria dos vereadores. A primeira suplente do Partido dos Trabalhadores, Ana Júlia Ribeiro, assumiu o cargo no último dia 23.
MANIFESTAÇÃO COM A PARTICIPAÇÃO DE RENATO FREITAS
Renato Freitas foi alvo de um Processo Ético Disciplinar (PED) após participar de uma manifestação em memória ao imigrante congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, em fevereiro deste ano, morto em um quiosque em uma praia do Rio de Janeiro.
O petista foi uma das pessoas que entrou na Igreja do Rosário, no Largo da Ordem, no final do protesto. À época, ele afirmou que a mobilização seria encerrada em uma "igreja feita por pretos e para os pretos".
Segundo o padre Luiz Haas, uma missa estava sendo celebrada no momento da ação, que foi classificada pelos religiosos como invasão.
Renato Freitas negou que estava à frente da manifestação e que a ação foi uma invasão. Segundo ele, a missa já estava encerrada e a Igreja estava aberta.
Em março, a Arquidiocese de Curitiba se posicionou contrária à cassação do mandato do petista.