A perita criminal Jussara Joeckel, que trabalhou no caso de Tayná Adriane da Silva, morta há 9 anos, reafirmou que a jovem de 14 anos não foi estuprada e deu detalhes chocantes do crime. O discurso foi feito durante entrevista ao jornalista Ricardo Vilches, no programa Tribunal da Notícia, nesta quarta-feira (7) . (Veja abaixo o programa na íntegra)
A adolescente foi morta no dia 25 de junho de 2013 e até hoje ninguém sabe quem a matou. O corpo da adolescente foi encontrado três dias depois, dentro de um poço fechado, com sinais de morte por estrangulamento. Esse foi um dos casos de maior repercussão da história recente no Paraná.
Caso Tayná tem nova etapa de investigações quase 9 anos após crime, com diligências e exames de DNA
Ricardo Vilches e Jussara Joeckel durante entrevista. Foto: reprodução Banda B.
De acordo com Joeckel, o hipótese de estupro foi completamente descartada. “Estupro completamente descartado. Os órgão genitais dela estavam intactos. Quando há relação sexual, há escoriações. Ela não teve relação sexual nas últimas 24 horas antes do crime”, disse.
Outros detalhes foram dados durante a entrevista. Um deles foi a forma como a jovem foi assassinada.
“O cérebro dela estava cheio de sangue. Havia uma grande hemorragia cerebral. Foi ocasionada por uma grande pancada na nuca, produzida por elemento flácido, por ação muscular. Nós entendemos que foi um ‘tapão’, mas como muita força. Ela não sobreviveria a essa hemorragia, isso fez ela desfalecer. Não pode ter sido em uma queda, não havia lesão externa”, completou.
A agressão contra a menina levaria ela à morte, segundo a perita. Porém, foi por asfixia que ela morreu.
“Este hemorragia levaria ela a morte muito rapidamente. Pelas características do caso, a pessoa que deu esse ‘pescoção’ não foi a mesma que asfixiou ela com o cordão. São forças muito diferentes. Um tinha muita força. Parece que quem passou no pescoço dela tinha pouca força. Foi estrangulamento”, concluiu.
Caso Tayná
O Caso Tayná é um dos casos de maior repercussão do estado do Paraná e até hoje não tem solução. Quatro suspeitos chegaram a ser presos na época, mas soltos pouco depois.
Ela foi estrangulada com o cordão de um sapato. A Delegacia do Alto Maracanã, chegou a prender quatro pessoas pelo crime, na ocasião. Todos os suspeitos trabalhavam em um parque de diversão próximo ao local do crime e confessaram o assassinato da menina.
Diante das acusações de tortura, porém, o processo foi paralisado. Os quatro passaram a fazer parte do programa de proteção de testemunhas.
Em março de 2020, por maioria de votos, o Tribunal de Justiça do Paraná (Tjpr) decidiu absolver os réus da acusação de tortura. Pereira havia sido condenado em primeira instância, mas a 1ª Câmara Criminal do Tjpr reverteu a decisão.
Diversos delegados investigaram o caso e várias diligências foram feitas em todos esses anos pela polícia judiciária. Recentemente, o Caso Tainá passou a ser investigado pelo delegado Marcos Fontes, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o mesmo que concluiu o inquérito do Caso Raquel Genofre, 11 anos depois do crime.
Tribunal da Notícia
Assista na íntegra ao programa. Tribunal da Notícia: de segunda a sexta, às 14 horas, na Banda B AM 550 e FM 79.3, com transmissão ao vivo pelo YouTube da Banda B e o Facebook Portal Banda B.
Perita reafirma que Tayná não foi estuprada e dá detalhes chocantes do crime há 9 anos sem solução
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